Instrumentos musicais fabricados a partir de tecnologia antiga pelo coletivo Electronicos Fantásticos
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Em agosto de 2020, um vídeo da banda coreana Electronicos Fantasticos apareceu no YouTube, reunindo mais de três milhões de visualizações em questão de meses. Esta popularidade não é surpreendente, pois os membros da banda parecem ter voltado no tempo para dar vida à velha tecnologia e transformá-la em novos instrumentos musicais da época.
O surgimento dos Eletronicos Fantásticos
O grupo começou em 2015 como um pequeno projeto que coletava aparelhos indesejáveis de uma área em Tóquio. Os participantes rapidamente acumularam muitos dispositivos e chegaram a uma idéia incomum. Inspirados, eles começaram a trabalhar com energia e em novembro de 2015 apresentaram "First Ensemble Encounter Composition", a primeira composição do grupo. Foi assim que a equipe do projeto foi formada, e eles se autodenominaram Nicos Orchest-Lab.
A idéia principal do coletivo é dar nova vida às coisas velhas. E, claro, um novo som - porque em suas mãos, até mesmo os velhos ratos de computador são transformados em instrumentos musicais.
O laboratório Nicos Orchest-Lab faz todo o trabalho por conta própria - a quantidade de trabalho é impressionante, pois os membros do grupo têm que trabalhar com diferentes materiais e programas. Eles mesmos soldam, projetam, maquinam metal e madeira.
Desenvolvimento de grupos
Em 2016, a Hitachi teve outra equipe com idéias semelhantes, e nesse mesmo ano eles e Nicos Orchest-Lab se apresentaram no KENPOKU ART 2016, um festival de arte dedicado à interação entre arte e ciência.
Um ano depois, a banda se apresentou no festival Electro-Magnetic Bon Dance, onde surpreendeu os fãs com a escala de seu trabalho e sua mistura colorida da cultura tradicional japonesa com o som eletrônico de dispositivos técnicos. Seu desempenho ocorreu sob a torre de rádio mais famosa do Japão.
A banda ganhou popularidade fora de seu país em 2018, quando foi mencionada no Ars Electronica, um dos maiores eventos do mundo dedicados à arte contemporânea. Um ano mais tarde, Electronicos Fantásticos já veio ao evento para se apresentar, ampliando consideravelmente o círculo de conhecedores de música tão incomum.
Três anos depois, em agosto de 2020, Electronicos Fantásticos apareceu novamente no palco de seu próprio festival - desta vez o concerto aconteceu no espaço online devido a medidas restritivas. Isto, entretanto, estava de acordo com a atmosfera do trabalho da banda. Como em 2017, o concerto foi dedicado ao tradicional festival japonês de Bon, um tempo de luto pelos mortos. Tomando os motivos populares como ponto de partida, Electronicos Fantásticos criou uma composição vibrante que mistura sons eletrônicos cósmicos com melodias étnicas fluentes. A banda não vai parar por aí e continua a experimentar para encontrar um novo som.
Participantes e ferramentas
A banda foi fundada por um japonês chamado Ei Wada, que há muito tempo se interessa por formas incomuns de fazer música. Antes de iniciar a Electronicos Fantásticos, ele vinha criando pistas no Open Reel Ensemble desde 2009. Seus membros geravam música com os sons de gravadores de bobina a bobina. Sua música é muito apreciada pelo famoso estilista japonês Issei Miyake, que já produziu música para sua coleção de Paris onze vezes seguidas. Inspirado por seu amor pela técnica, o trabalho de Ei Wada resultou em alguns trabalhos surpreendentes.
Os instrumentos da banda são realmente impressionantes: Maiko Aoyama toca bateria feita de um velho aparelho de TV, Akira Ataka toca música em um leitor de código de barras e Manami Tada transforma os sons de um sistema de alarme indesejado em uma melodia. Nas mãos de Sonosuke Yamamoto, um ventilador elétrico soa como uma harpa eletrônica, e a voz de Kitsu Kaori torna a música ainda mais expressiva. Especialmente encantador é o instrumento, que os músicos, por analogia com o cavaquinho, chamaram de "telelelele". Rika Kawashima o toca na banda.
Os membros da Electronicos Fantásticos estão muito inspirados pela oportunidade de dar nova vida às coisas antigas e de dar um novo som a técnicas que pareciam nunca mais funcionar. Juntos eles criam uma nova direção na música, e inspiram a ver a estética mesmo onde parece haver apenas lixo velho.